Relacionamentos tóxicos só trazem problemas para a vida dos envolvidos. Mas, embora ter uma relação do tipo com outras pessoas seja traumático e até perigoso, não são apenas as interações entre seres humanos que podem ser abusivas e deixar marcas.
Por exemplo, também é possível ter um relacionamento tóxico com o dinheiro, algo que pode resultar em um baita prejuízo na vida financeira, em dívidas intermináveis, além de atrapalhar o bem-estar e a saúde mental, caso o problema não seja detectado e corrigido logo.
Desse modo, é bem importante saber identificar o mais rápido possível se o modo de lidar com o dinheiro não deixou de ser saudável e mudar a rota. Algo que pode ajudar nessa tarefa é conhecer alguns dos sinais que indicam que você tem uma relação tóxica com o dinheiro, como:
Falar de dinheiro te incomoda
Querer manter a vida financeira privada não é algo ruim, pelo contrário, fazer isso pode até ser uma boa medida de segurança. Entretanto, não se sentir bem até mesmo quando alguém próximo e de confiança toca no tema deve acender o alerta.
Sabe quando o seu grupo de amigos começa a falar sobre as dívidas que tem ou dos seus investimentos atuais? Se você fica nervoso, ansioso, triste ou se a culpa bate ao lembrar do que você tem feito com o seu dinheiro, talvez seja sinal que você não anda lidando tão bem como ele.
Não saber onde o dinheiro foi parar
Gastar além da conta já é uma prática bem ruim que indica a existência de uma relação tóxica com o dinheiro. Isso pode acontecer, por exemplo, devido àquelas comprinhas feitas frequentemente por impulso ou para se sentir melhor depois de um dia difícil.
Mas, as coisas podem ficar ainda piores, pois alguém que não tem controle algum em relação aos seus gastos corre o risco de jogar tanto o seu dinheiro em produtos e serviços desnecessários ou que têm um valor acima das suas condições financeiras ao ponto de perder a noção do que fez com a sua grana.
Estamos falando daquela rotina de gastar desenfreadamente, chegar no final do mês, olhar o saldo na conta ou a fatura do cartão de crédito e não ter noção de como o dinheiro acabou ou para onde ele foi.
Nunca sobra dinheiro
Comprar tudo o que quer, fazer parcelas e mais parcelas para pagar por tudo isso e aumentar esses gastos sempre que recebe um aumento também é um indício bem negativo.
Em outras palavras, isso o que descrevemos é basicamente gastar tudo o que ganha, sem deixar que sobre valor algum para montar uma reserva de emergência, poupar para realizar sonhos futuros ou fazer investimentos.
Essa rotina de gastar tudo o que ganha, nunca sobrar dinheiro ou não haver nenhuma reserva pode ser muito prejudicial caso surja um imprevisto, como perda de emprego, doença ou a necessidade de consertar o carro ou reformar algo na casa.
Não gastar nunca
Gastar demais é prejudicial, no entanto, jamais gastar o dinheiro que ganha também pode sugerir que há algum problema.
Viver economizando e aguardando pelo momento em que haverá segurança para desfrutar do dinheiro pode ser sinal de que algo anda errado na forma como você enxerga a serventia do dinheiro.
Embora poupar seja importante para garantir um futuro estável, toda essa economia não deve prejudicar o presente, ao ponto de impedir que o dinheiro seja usado em uma necessidade ou até prazer atual.
Não é para gastar sem limites e de maneira irresponsável, mas sim entender que o dinheiro é uma ferramenta, não um senhor, e que dentro de um planejamento bem feito, ele pode ser usado para proporcionar bem-estar.
Até mesmo em um orçamento pequeno pode haver espaço para pequenas coisas agradáveis, como mudar o corte de cabelo, ir ao cinema ou visitar uma cidadezinha próxima no período de férias.
Mais do que isso, a coisa se torna ainda mais problemática quando você deixa de usar o dinheiro em situações necessárias ou extremas, por exemplo, para substituir um móvel quebrado ou ir ao médico depois de sentir-se mal, mesmo quando há verba disponível, simplesmente porque não quer deixar de ter dinheiro guardado.
Isso pode ser sinal que há um medo descabido de perder dinheiro e talvez você precise de ajuda psicológica para lidar com isso.
Se o dinheiro não deve ser jogado fora em gastos desnecessários, com planejamento e responsabilidade, ele pode muito bem ser utilizado para proporcionar momentos de alegria e autoestima e principalmente para lidar com necessidades imprevistas ou de urgência.
Com informações dos sites André Bona e Exame Invest.